Crianças e adolescentes de hoje falam e vivem o tempo todo ligados à cultura digital. Para desenvolver neles o hábito da leitura e o amor à literatura sem desapegar de recursos tecnológicos, a ONG Casa da Árvore tem conseguido atrair estudantes de escolas públicas para realizar atividades que unem o aprendizado de tecnologias digitais ao estímulo à leitura na cidade de Poços de Caldas, a cerca de 450 km da capital mineira Belo Horizonte.
Desde 2016, a ONG tem conseguido manter suas atividades participando e conquistando prêmios e apoio de entidades públicas e privadas. Em 2016, com o projeto BiblioArte LAB, a Casa da Árvore concorreu com 174 propostas de 11 países e foi uma das três iniciativas brasileiras premiados com US$ 21 mil (o equivalente, à época, a R$ 76 mil) pelo 4º Concurso de Ajudas do Programa Ibero-Americano de Bibliotecas Públicas (Iberbibliotecas).
O Brasil é representado no Iberbibliotecas pelo Ministério da Cultura (MinC), por meio do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), que integra o Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas. Além do Brasil, compõem o Iberbibliotecas: Chile, Colômbia, Costa Rica, Espanha, México, Paraguai e as cidades de Buenos Aires (Argentina) e Medellín (Colômbia).
O Programa recebe investimento brasileiro anual de cerca de US$ 90 mil e tem como objetivo consolidar as bibliotecas públicas como espaços de livre acesso à informação e à leitura, de trabalhar pela inclusão social e de contribuir para a qualificação da educação e do desenvolvimento. Com o prêmio, o projeto BiblioArte LAB passou a realizar ações não apenas na Biblioteca Municipal Centenário, como em mais 12 bibliotecas escolares de instituições de ensino estaduais e municipais em Poços de Caldas.
De acordo com o designer de inovação e cofundador da Casa da Árvore, Aluísio Cavalcante, em torno de 900 crianças e adolescentes, entre 9 e 19 anos, participaram do conjunto de atividades, incluindo o uso de robótica, produção de vídeos, de gifs, matérias em áudio, vídeo e reportagens para um canal no YouTube e para uma revista.
Fonte: www.cultura.gov.br