Cerca de 180 línguas indígenas são faladas no Brasil, dado que coloca o País entre os dez maismultilíngues do planeta
A Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (Unesco) lançou oficialmente em Paris, nesta segunda-feira (28), o Ano Internacional das Línguas Indígenas. O Brasil, por meio do Instituto do Patrimônio do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cidadania, contribuiu diretamente com sugestões para a organização do ano internacional ao participar de conferência que aconteceu em setembro de 2018, na província de Hunan, República Popular da China.
A iniciativa teve início ainda em 2016, quando a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou uma resolução proclamando o ano de 2019 como o ano internacional das línguas indígenas, com base em uma recomendação feita pelo Fórum Permanente sobre questões indígenas. À época, o Fórum indicou que 40% das cerca de 6.700 línguas faladas no mundo corriam o risco de desaparecer e, com elas, sistemas de conhecimento que integram a diversidade cultural humana.
De acordo com a Unesco, proclamar um ano internacional das línguas indígenas é um importante mecanismo de cooperação concebido para ampliar a consciencialização sobre um tema de interesse global, bem como mobilizar diferentes partes interessadas para efetivação de cooperação multilateral.
O Diretor do Patrimônio Imaterial do Iphan, Hermano Queiroz, relatou a experiência brasileira no campo das Políticas Públicas de Patrimônio e sua interface com a Diversidade Linguística. “No Brasil são faladas cerca de 180 línguas indígenas, dado que nos coloca entre os dez países mais multilíngues do planeta”, destaca Hermano Queiroz.
Fonte: www.cultura.gov.br